“Rutilo Nada”
Núcleo Entretanto
Partimos de Hilda Hilst, inspirados pela novela “Rútilo Nada”. A obra de Hilda é um espesso poema sobre o corpo: as regiões eróticas, as camadas externas – a pele, as excrescências, as formas – e as internas: o corpo por dentro, movendo-se nos seus circuitos, ossos, massa, tripa. Neste sentido essa obra estabelece um elo de conexão direto com o ponto de partida do criador em dança que tem o corpo como lugar e meio para a realização de seu trabalho. O percurso nos conduziu ao ensaio “O amigo”, do filósofo Giorgio Agamben e à obra do artista plástico Francis Bacon. Os limites do desejo, as relações socialmente intoleráveis e a ferocidade humana constituem o tema de “Rútilo Nada”. O espetáculo é uma espécie de discurso no sentido político do termo: um discurso de resistência da paixão e do desejo. Concepção: Wellington Duarte. Direção e música: Daniel Fagundes. Interpretação: Wellington Duarte e Donizeti Mazonas.
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