Para a Mostra deste ano, os trabalhos dos Núcleos Artísticos acontecerão em dois formatos: apresentações na Sala Paissandu e intervenções artísticas em espaços abertos, tanto no entorno da Galeria Olido, quanto em localidades mais afastadas do Centro, como o Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Largo do Rosário na Penha, Estação Capão Redondo do Metrô. O desejo é realizar as apresentações na Galeria Olido, principal espaço de referência em dança na cidade, mas também disseminar ações artísticas e atingir novos públicos, com destaque para os espaços da periferia da cidade. Serão realizados ainda, Fóruns com temas pertinentes ao cenário da dança
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA E OS ENDEREÇOS DA VII MOSTRA DE FOMENTO À DANÇA:
De 03/09 a 16/09 das 10h
às 20h – Hall do Centro de
Dança Umberto da Silva
“Exposição Décadas de Dança:
Preservação e Compartilhamento do Acervo Gouvêa-Vaneau”
Projeto que
disponibiliza ao público a coleção dos documentos que narram a trajetória
artística de Célia Gouvêa e Maurice Vaneau, tendo como objetivo permitir o
acesso a fontes de qualidade para a reflexão sobre a dança em São Paulo e no Brasil.
Dia 03/09 às 20h –
Sala Paissandu
“O Animal Mais Forte do Mundo”
Cia Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira
O Animal Mais Forte
do Mundo buscou aprofundar o processo com as fotografias focando na exploração
dos volumes para os movimentos e, nesse sentido, tornou-se indispensável
trabalhar com um elenco. Nesta etapa do processo, Ângelo e Ana Catarina
buscaram dar mais visibilidade para as danças da cultura popular que povoam a
sua pesquisa de linguagem. Há uma brincadeira intencional com a cultura popular
de esconde-e-aparece que está presente na trilha, na coreografia, e no figurino. Direção
artística, criação e pesquisa: Ângelo Madureira
e Ana Catarina Vieira. Elenco colaborador: Beto Madureira, Luiz Anastácio, Patricia Aockio, Ana Catarina Vieira e
Ângelo Madureira.
Dia 04/09 às 17h –
Hall da Praça das Artes
“Estudos Para Lugar Nenhum”
Vera Sala
... Corpo esvaziado
descontinuado sem fim sem onde (?)...
Onde (?) sem tempo... Sem começos sem ir... Onde (?)... Impossível
tempo... Impossível corpo... Apenas corpo... Corpos... Fendas... Abismos...
Fissuras... Ausências... Ausência... Concepção/interprete: Vera Sala. Parceria artística: Hideki Matsuka.
Dia 04/09 às 18h – Entorno Galeria Olido
Dia 05/09 às 12h – Largo do Rosário/ Centro Cultural da Penha
“Solo de Rua”
...AVOA! Núcleo Artístico
Criação coreográfica concebida especificamente
para espaços públicos que explora relações poéticas entre corpo, plástico,
território urbano e inspira-se livremente no manifesto “As embalagens” do
encenador e artista plástico polonês Tadeusz Kantor (1915-1990). A partir da observação dos movimentos e
comportamento de pessoas em situação de rua ao se embalarem ou se vestirem com
materiais descartados, surgiram questões sobre deformação do corpo,
"coisificação" do ser humano e precariedade. Concepção e pesquisa:
...AVOA!Núcleo Artístico. Criação e interpretação: Luciana Bortoletto.
Dia 04/09 às 20h –
Sala Paissandu
“Projeto Propulsão: O que Faz Viver - Seguinte”
Key Zetta e Cia
4
pessoas dançam vigorosamente e desaparecem a olhos nus. Direção:
Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Criação e Dança: Beatriz Sano, Julia Rocha, Key
Sawao e Ricardo Iazzetta.
Dia 04/09 às 20h –
Teatro Martins Penna / Centro Cultural da Penha
“Juanita”
Núcleo Juanita
Juanita é um ensaio
aberto da pesquisa em dança-literatura, livremente inspirado na obra de Carlos
Casteneda. A partir do personagem de Don Juan, o trabalho traz elementos do
espelho feminino com base na sonoridade, na comicidade e na leveza desse
personagem. Direção do Projeto: Isabel Tica Lemos. Intérpretes Criadores:
Isabel Tica Lemos, Iramaia Gongora, Cristiano Bacelar.
Dia 05/09 às 20h –
Sala Paissandu
“A imagem-Nua e Outros Contos”
Cia Perversos Polimorfos
O espetáculo “Imagem-nua e outros contos”,
aproximou o universo dos dramas fundamentais, presentes nas narrativas
sintéticas dos contos-defada, das abordagens metafenomenológicas do filósofo
português José Gil – um dos poucos pensadores da atualidade a se debruçar sobre
a especificidade do corpo em movimento como constituição de linguagem. Direção
e Concepção: Ricardo Gali. Assistência de direção: Débora Sperl. Intérpretes:
Patrícia Bergantin, Jerônimo Bittencourt, Natália Mendonça, Juliana Maia, Lucas
Delfino, Maurício Florez e Joseja Pereira.
Dia 05/09 às 12h – Entorno Galeria Olido
“Cidade”
Omstrab
Dia 05/09 às 12h – Entorno Galeria Olido
“Cidade”
Omstrab
Dia 05/09 às
“Abertura de Processo – Dark Room”
iN SAiO Cia de Arte
Espreita. Mostrar para esconder, velar para revelar. Espaço recortado,
figuras fugidias, vistas pelo canto dos olhos. Invertem-se polaridades, lugares
ora de um, ora de outro. Objeto e sombra, figura e fundo, movimento e pausa,
luz e escuridão, visão e cegueira, intérpretes e público. A presença se dilui.
E se reconstrói. Como montar um quebra-cabeça com pedaços de movimentos? Direção geral, concepção e coreografia: Claudia Palma. Intérpretes criadores: Cristina Ávila,
Felipe Teixeira, Mariana Molinos, Renato Vasconcellos, Vinicius Francês e Natalia Franciscone.
Dia 06/09 às 12h –
Hall da Praça das Artes
“Fluxo Em Preto e Branco”
Cia Flutuante
O projeto FLUXOS EM PRETO E BRANCO é
resultado da parceria entre Letícia Sekito|Companhia Flutuante e os artistas
Suiá Burger Ferlauto, Alex Ratton, Priscila Jorge, Ligia Chaim, Sandra Imenez e
Felipe Julián [Projeto Axial], Roberto Freitas e Joana Porto. As performances
são pautadas na relação entre dança e desenho, com interesse na potência do
gesto e do acaso. Os movimentos dos performers são impressos com tinta sobre o
suporte de papel, deixando visíveis os rastros de suas ações. Seja fazendo
proposições de corpo, de som, de luz, de espaço, de vídeo ou figurino, os
artistas criam, através da linguagem da improvisação, experimentos performáticos
únicos a cada compartilhamento público. Idéia original: Letícia Sekito e Suiá
Burger Ferlauto. Performers: Alex Ratton, Letícia Sekito e Priscila Jorge. www.fluxospb.blogpsot.com.
Dia 06/09 às 20h –
Sala Paissandu
“Nossos Sapatos”
Luiz Fernando Bongiovanni e Mercearia de Ideias
Nossos Sapatos -
fala de uma maneira especial sobre a vida. Mesmo que para chegar a isso, passe
pelo seu oposto natural, a morte. A morte, assim como a injustiça ou o amor,
sempre foi e será assunto com que a arte se ocupa. Não só a arte, mas a
filosofia, a psicologia, a religião... A morte é um assunto fascinante e sempre
haverá insights para que possamos de novo e de novo reconfigurar nossas
opiniões e crenças a esse respeito. Assim, uma das coisas que nos difere dos
animais é a possibilidade de contemplação da nossa própria finitude. Direção:
Luiz Fernando Bongiovanni. Direção Cênica: Edson Bueno. Elenco: Alice Vasconcelos, Carina Nagib, Caroline Zitto, Elenita
Queiróz, Flávio Coelho, Isis Gasparini, Karime Nivoloni, Liana Zakia, Robson
Ledezma e Valdir Zeller.
Dia 07/09 às 20h –
Sala Paissandu
“Coisas Que Se Poderia Dizer no Fim”
Núcleo de Improvisação
Mas
por que a terça feira não aceita vir depois da quarta? Como se chamam os ciclones quando não se movimentam? Por
que me movo sem querer, por que não fico parado? Em que lugar estou que
vejo isso como coisa que pode ser? Chegaremos ao fim de uma maneira ou de
outra Sou malvado alguma vez ou todas às vezes sou bom? De que lado
da minha alma soa a tua voz? Antes de
sair, apague a luz Por que nos tempos escuros se escreve com
tinta invisível? E não naufragam os veleiros por excesso de vogais? Não é melhor nunca que tarde? Esses
são possíveis títulos para uma série de espetáculos do Núcleo de Improvisação,
que marca o encerramento de uma etapa de sua pesquisa. Uma das grandes questões
para o artista improvisador é saber quando a improvisação se finaliza. Terminar
é o mais difícil de tudo, mas mesmo assim, é a desistência que proporciona a
única experiência verdadeira de liberdade. Então o fim torna-se mais uma vez um
começo. O fim não se escolhe. Faz-se. Por isso, caro público, se você
também não pode escolher o final, escolha ao menos um dos títulos para o
espetáculo que você vai/acabou de assistir. Orientação da pesquisa de linguagem
e técnica corporal: Zélia Monteiro. Coordenação do projeto: Donizeti Mazonas e
Suiá Burger Ferlauto. Artistas criadores: Donizeti Mazonas, Mel Bamonte, Suiá
Burger Ferlauto e Vitor Vieira. Artista criadora convidada: Lu Favoreto.
Dia 07 às 18h –
Sala Azul
Mesa de Discussão – Bastidores da Dança: da técnica ao espetáculo.
Mediação: Cristiane Paoli Quito. Debatedores:
André Boll, Alex Soares, Sandra Ximenez e Felipe Julian (projeto Axial) e João
Pimenta.
Dia 08/09 às 19h –
Sala Paissandu
“Rutilo Nada”
Núcleo Entretanto
Partimos de Hilda Hilst, inspirados pela
novela “Rútilo Nada”. A obra de Hilda é um espesso poema sobre o corpo: as
regiões eróticas, as camadas externas – a pele, as excrescências, as formas – e
as internas: o corpo por dentro, movendo-se nos seus circuitos, ossos, massa,
tripa. Neste sentido essa obra estabelece um elo de conexão direto com o ponto
de partida do criador em dança que tem o corpo como lugar e meio para a
realização de seu trabalho. O percurso nos conduziu ao ensaio “O amigo”, do
filósofo Giorgio Agamben e à obra do artista plástico Francis Bacon. Os limites
do desejo, as relações socialmente intoleráveis e a ferocidade humana
constituem o tema de “Rútilo Nada”. O espetáculo é uma espécie de discurso no
sentido político do termo: um discurso de resistência da paixão e do desejo. Concepção:
Wellington Duarte. Direção e música: Daniel Fagundes. Interpretação: Wellington Duarte e Donizeti Mazonas.
Dia 09 e 10/09 às 18h
– Corredor Galeria Olido
“Vídeo Cia Perdida Parte 1”
Peças
curtas para desesquecer é o mais recente
trabalho da Companhia Perdida, com direção de Juliana Moraes. Composta por oito
peças de 10 a
20 minutos cada – cinco solos, um duo, um trio e uma peça em grupo –, a série
se divide em dois programas que são alternadamente apresentados. O trabalho
corporal reivindica que lembranças não são registradas apenas num hipotético e
abstrato plano mental, mas, sobretudo no corpo em movimento. Originadas
no reavivamento de imagens, episódios e sensações dos próprios intérpretes, as
texturas corporais desenvolvidas em meses de ensaios possibilitam a criação no
momento presente da cena. Essa mobilidade constante é também evidenciada no
cenário composto por caixas de papelão da artista plástica Geórgia Kyriakakis,
na trilha sonora de Laércio Resende e no desenho de luz de Cristina Souto. Concepção, direção e interpretação: Juliana Moraes. Criadoras-intérpretes: Carolina Callegaro, Isabel
Monteiro, Érica Tessarolo e Flávia Scheye. Intérpretes substitutos: Renan Marcondes
e Samanta Roque. Artistas colaboradores: Ana Terra, Gustavo
Sol e Antônio Januzeli.
Dia 09/09 às 20h –
Sala Paissandu
“Afro Margin”
E2 Cia de Teatro e Dança
Inspirado na obra
de mesmo nome do artista plástico britânico Chris Ofili, busca na reflexão da
margem o princípio organizador da pesquisa corporal e cênica. Este solo de
Eliana de Santana revela ainda um corpo surpreendido em sua verticalidade,
suspenso, flutuante, que desaparece na ação. Direção e interpretação: Eliana de
Santana. Orientação artística: Isadora Dias.
Dia 10/09 às 20h – Sala
Paissandu
“Nuvens Insetos”
Cia Fragmento de Dança
Inspirada no universo das cartas a Cia. Fragmento de Dança criou
sua mais nova montagem. Durante temporada de outro espetáculo a Cia. promoveu
uma ação junto ao público passante: abordaram os transeuntes e propuseram que
escrevessem uma carta com o tema: “O que você escreveria se fosse sua última
carta?”. “Nuvens insetos”
relaciona o conteúdo registrado nessa forma de correspondência com outras
possibilidades de comunicação do corpo, enfatizando a expressividade das mãos,
ou as mãos como formato de comunicação e expressão. Direção artística – Vanessa Macedo. Assessoria
Artística: Ângela Nolf. Intérpretes – Chico
Rosa, Danilo Firmo, Jéssica Moretto, Maitê Molnar, Vanessa Macedo e Samira
Marana (convidada)
Dia 11/09 às 18h – Corredor Galeria Olido
Vídeo Damas em Trânsito e os Bucaneiros
Dia 11/09 – Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes
Vídeo Damas em Trânsito e os Bucaneiros
Dia 11/09 – Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes
“In-corpo-r-ações” às 14h
e “Gestus” às 19h
Cia Mariana Muniz de Teatro e Dança
Com o espetáculo
In-corpo-r-ações a Cia Mariana Muniz de Teatro e Dança dá continuidade à pesquisa de linguagem em
arte/dança contemporânea inspirada pelos caminhos trilhados pelo artista
plástico brasileiro Hélio Oiticica. A dança acontece sob a ótica da trilogia
realizada pelo artista carioca: Parangolés (2007), resultado do cruzamento do
conceito parangolé com a dança contemporânea: Nucleares (2008) e Penetráveis
(2011). Uma pesquisa que aponta para novas regiões do fazer artístico e se
mantém conectada à ideia de “experimentar o experimental”, discutindo e relendo
os códigos de dança e questionando a nossa relação com as dinâmicas e atitudes
corporais estabelecidas. A Cia acredita que a dança é um modo de produção de
conhecimento e parte de uma pesquisa intrinsecamente construtivista, voltada
para a autonomia das formas e a construção de sentidos para integração em uma
nova totalidade. Propõe a
intersecção entre diferentes formas de comunicação gestuais. De um lado, os
movimentos e sutilezas da dança contemporânea. De outro, os gestos e
significados da Libras (Língua Brasileira de Sinais), o código de comunicação utilizado
pela maioria dos deficientes auditivos nos centros urbanos brasileiros. A
performance parte da premissa de que tanto a dança quanto a Libras são meios de comunicação: transmitem mensagens,
histórias e narrativas. “Na Libras, assim como na dança, o corpo é texto, capaz
de te dizer as coisas sem usar palavra sonora. Nos dois casos, é o corpo quem
fala – e foi a partir daí que começamos nossa exploração”, diz Mariana Muniz.
“Gestos” se dirige a dois públicos distintos:
o dos surdos e o dos ouvintes, sem exclusão daqueles que livremente transitam
entre essas duas línguas. Concepção,
Direção Coreográfica: Mariana Muniz. Assistente de Direção: Cláudio Gimenez. Intérpretes-criadores:
Amanda Correa, Bárbara Faustino, Danielli Mendes, Gilberto Rodrigues, Mariana
Muniz, Rubens Caribe, Viviane Fontes, Tatiana Saltini.
Dia 11/09 às 20h – Sala Paissandu
“Minhas Cavidades Orbitais”
Maurício de Oliveira & Siameses
Aprofundando a pesquisa
da união de voz e movimento, a Companhia Maurício de Oliveira & Siameses
apresenta o trabalho "Minhas Cavidades Orbitais". Este título não só
se refere a área do crânio humano que abriga os olhos, aludindo a qualidade
única e diferente do que é percebido por cada pessoa, como também faz
ressoar o sentido de órbitas planetárias. Assim, coloca junto
ao interno do corpo humano o externo e distante espaço
interplanetário. Dramaturgia:
Bergson Queiroz/ Mauricio de Oliveira. Concepção/ Direção/ Coreografia:
Mauricio de Oliveira. Intérpretes: Andressa Cabral, Daniela Moraes, Danielle
Rodrigues, Rodrigo Rivera, Marina Salgado, Mauricio de Oliveira.
Dia 11/09 às 20h – Teatro Martins Penna / Centro Cultural da Penha
“Profanação”
Cia Danças
O mais recente trabalho da Cia Danças Claudia de Souza partiu inicialmente de uma pesquisa sobre o samba, sua história, suas raízes, movimentos. Concomitante a essa investigação surgiu a inspiração propiciada pela leitura do livro "Profanações", de Giorgio Agamben, que veio compor a pesquisa da coreógrafa em observar o samba como ritual. Direção e Coreografia: Claudia de Souza. Assistente
de Direção: Cristiana de Souza. Elenco: Claudia
de Souza, Cristiana de Souza, Janaína Castro,Ítalo Ramos, Junior Domingos, Junior
Gadelha e Roges Doglas.
Dia 12/09 às 18h – Corredor da Galeria Olido
Exibição Fotográfica em Slide “Dois Ensaios Foto Sensíveis – Projeto A
cozinha Performática”
Núcleo Marcos Moraes
A Cozinha
Performática é uma Plataforma de Pesquisa e Criação em Dança e Performance que
propõe o encontro como ponto de partida para a colaboração artística em
diversos formatos. "Dois Ensaios Foto Sensíveis" traz como diz o
nome, um ensaio dos fotógrafos Marcella Haddad e Yuri Pinheiro com Marcos
Moraes. “Um click, enquanto se experimenta o movimento”.
Dia 12/09 às 20h – Sala Paissandu
“Pessoal e Intransferível”
Silenciosas+GT´ Aime
Esta é uma ficção pessoal. As personagens são fictícias,
porém, qualquer semelhança com a realidade dos bailarinos-atores que as
interpretam NÃO é mera coincidência. Neste novo espetáculo, os
intérpretes buscam em si a inspiração para desenvolver uma história. O tema é
próximo a ele, pertence ao intérprete, porém as circunstâncias, as personagens,
as ações são fictícias. Pode-se criar uma história baseada em sentimentos de
exclusão social que fazem parte da infância do intérprete, para que ele associe
sentimentos reais à cena. No entanto, ao recriar as afecções que geraram esse
sentimento, facilitamos o distanciamento crítico necessário na atuação. O
intérprete-criador precisa saber como guiar suas partituras físicas e vocais
dentro do jogo cênico e precisa estar em contato com as sensações em questão,
sem ser absorvido por elas. É um equilíbrio dinâmico entre depoimento pessoal e
ficção. Ficção Pessoal. Quando o intérprete está desempenhando sua ficção
pessoal, ele une sua personagem à personalidade. Direção e Concepção: Diogo Granato. Intérpretes-criadores: Diogo Granato, Flavio Falcone, Michelle
Farias, Ana Noronha, Carolina Coelho e Nathalia Catharina.
Dia 12/09 às 20h – Teatro Martins Penna / Centro Cultural da Penha
“Outras Portas, Outras Pontes”
Cia Sansacroma
“Outras portas, outras pontes”, comemora os
dez anos da Cia. Sansacroma e os cem anos do bairro
do Capão Redondo, onde fica a sede da Cia carinhosamente chamada de Ninho
Sansacroma. O espetáculo abarca dois
momentos: o primeiro, itinerante, propondo ao espectador, um olhar sobre o
apartheid “gentil” existente no Brasil, quando negros operários são tratados
com sub-cidadãos e os espaços físicos geram separações. O segundo, dentro do
Teatro, quando a consciência desta separação torna-se indignação e é
transformada em materialidade poética. Direção Geral e Concepção: Gal
Martins. Direção Artística: Yáskara Manzini. Intérpretes Criadores: Rafael
Edgar, Tamires Ballarini, Thais Antunes, Renato Alves, Alex Guimarães e Thiago
Silva. Participação Especial: Luamim Martins.
Dia 13/09 às 20h – Sala Paissandu
“Iki - respiração”
Núcleo Fu Bu Myo IN
É uma performance fugaku com o núcleo Fu Bu Myo In sob orientação corporal e cênica de Toshi Tanaka, resultado do projeto Kaze - Ventos contemplado no XIII Fomento de Dança.
Iki não é história nem coreografia.
Entre o movimento do corpo e os elementos cênicos há uma relação de velocidade, densidade e direção. Quando mergulha em
cada elemento, pode acontecer uma relação entre eles. A partir de uma pesquisa de alguns elementos do
noh – voz, kamae, johakyu e ma –
busca um lugar onde acontece essa relação como uma onda de respiração.
Orientação corporal e cênica: Toshi Tanaka. Núcleo Fu Bu Myo In:
Fernanda Mascarenhas, Célio Amino, Roger Muniz, Angélica Figuera,
Luciana Beloli, Juliano Vendemiatti, Ciça
Ohno e Toshi Tanaka.
Dia 14/09 às 12h – Saída do Metrô Capão Redondo
“Cidade”
Omstrab
O Núcleo OMSTRAB completa 18 anos de trabalho
e apresenta espetáculo de Dança Contemporânea e Música ao Vivo. 'Cidade',
inspirado nos espaços públicos e sonoridades da cidade de São Paulo, busca estabelecer
um diálogo direto, corporal, auditivo com a cidade, através da percepção de
elementos sonoros e de movimentos que acabam se perdendo na urgência do
dia-a-dia. Direção: Fernando Lee. Elenco: Alex Martins, Éder O Rocha, Fernando
Lee, Junior Kaboclo, Mazinho Lima, Rossana Boccia, Vagner Cruz e Willy Helm.
Dia 14/09 às 18h – Fachada do CFC Cidade Tiradentes
“Chamando Ela – Sem Eles”
Núcleo Sheila Ribeiro
MODA - ARQUITETURA - CULTURA DIGITAL - ALDEIA
E... Chamando ela é uma Cia de conceitos.
Um encontro entre a artista transmídia Sheila Ribeiro e os fotógrafos João
Meirelles e Tiago Lima. Chamando Ela, desloca, muda, brinca, inverte, recria e
reverte padrões, abrindo novas perspectivas e possibilidades. Modas possíveis,
novas mitologias contemporâneas do corpo. As imagens são cápsulas potentes:
misturas muito brasileiras, muito contemporâneas, muito metropolitanas e muito
não sabemos o quê. Só sabemos que elas trazem estupor, vitalidade, animação e
direito ao delírio àqueles que as vêem. É
um hub de delícias pra um mundo que a gente não sabe mais o que é. O
show-instalação "Chamando Ela sem eles fez sua estréia no Festival
Contemporâneo de Dança (SP, 2012), circulando em 2013 no Angelo Mai
(Roma), no SESC Pompéia (SP) e no Teatro Vila Velha (Salvador, BA), onde teve
ocasião de lançar um mini-catalogo do projeto. O trabalho é uma manifestação
transmídia que brinca com a multiplicidade de corpos recriando as cidades de
São Paulo e Salvador, em seus presente-futuro: cruzado, criativo, esperançoso; CHAMANDO ELA
perpassa o grafite dentro da cadeia alimentar do novo business, a arquitetura brutalista porosa, a
cultura nordestina trendy, a presença indígena contemporânea. Através de
editoriais de moda, para o que poderia vir a ser a Moda possível de hoje.
CHAMANDO ELA desdobrada na cidade, com a cidade, para a cidade, sendo e fazendo
corpo-cidade. Conceito e performance: Sheila Ribeiro. Eles: Tiago Lima e João
Meirelles. Direção de Montagem e Edição: Sheila Ribeiro. www.chamandoela.com.
Dia 14/09 às 15h – Sala Paissandu
“Vila Tarsila”
Cia Druw
'Vila Tarsila' transporta o espectador ao mundo antropofágico
da artista, demonstrando que sua obra nasceu das experiências visuais das
inúmeras viagens realizadas e das brincadeiras que recheavam as tardes na
fazenda onde vivia em Capivari, interior de São Paulo, onde podia correr
livremente entre pedras, árvores, cactus e brincar com bonecas feitas de mato,
em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais.
Dia 14 às 18h – Sala Azul
Mesa de Discussão – Panorama da Dança em Outros Estados Brasileiros
Mediação: Ana Francisca Ponzio. Debatedores:
Diana Fontes (RN), Cristina Castro (BA) e Paula Maracajá (RJ).
Dia 15/09 às 19h – Sala Paissandu
“Eu em ti” (em substituição ao
espetáculo “Colônia Penal”)
Borelli Cia de Dança
Inspirado na obra de Ismael Nery, um dos ícones da vanguarda
brasileira. Pintor e poeta, Nery recria o essencialismo no início do século
passado. Neste espetáculo, Borelli mostra uma combinação de linguagens da dança
e do teatro tendo como inspiração a abstração do corpo erótico e santificado,
despojado de vida no tempo e no espaço. Direção, concepção e coreografia:
Sandro Borelli. Intérpretes: Alex Merino e Amanda Santos.
Dia 16/09 às 20h – Sala Paissandu
“OroborO”
Projeto Mov_Ola
Reflexões
sobre a memória e seus desdobramentos entre a infância e a velhice. Esse é o
mote da nova criação de Alex Soares, bailarino e coreógrafo paulista à frente
do projeto Mov_ola desde 2008. Palavra de origem grega, cujo símbolo é
representado por uma serpente que morde a própria cauda, Oroboro revela uma imagem sem começo ou fim. “É um palíndromo, ou
seja, uma palavra que pode ser lida de trás para a frente, sem perder sua
pronúncia e transmite a ideia de algo cíclico, o qual sempre remete ao início”, diz o coreógrafo. O
retorno à infância, as relações entre as memórias vividas, afetivas ou não,
percorrem o tema da obra. Com tal premissa, toca em questões da existência,
como a presença e a ausência, que muitas vezes fogem ao nosso controle. Outra
referência da obra é o filme Quero ser
John Malkovitch (1999), que dissolve certezas sobre o papel do ser humano
no mundo e sobre como precisamos da projeção em outra pessoa para nos darmos
conta de nossa própria realidade. A trilha sonora composta pelo contrabaixista
Célio Barros cria o ambiente da obra, evocando lembranças. Em alguns momentos,
a trilha será tocada ao vivo pela violoncelista Patrícia Ribeiro. Sua
interpretação será gravada e, posteriormente, usada na própria coreografia.
“Com a música, o público poderá se lembrar de algumas coisas, esquecer outras”,
afirma Alex Soares. Coreógrafo: Alex Soares. Elenco: Irupé Sarmiento, Paula
Sousa, Natacha Miyuchi, Ícaro Freire, Luiz Oliveira, André Liberto, Antonio
Marques.
Serviço: VII Mostra do Fomento à Dança – espetáculos de 24 núcleos artísticos, exposição, mostra de vídeodanças e debates. De 3 a 16 de setembro de 2013. Sala Paissandu, Sala Azul e corredores da Galeria Olido (Av. São João, 473 – República. Fone: 3397-0170/ 0171); Centro Cultural Cidade Tiradentes (Av. Inácio Monteiro, 6900 - Cidade Tiradentes. Fone: 2555-2840); Centro Cultural da Penha (Largo do Rosário, 20 - Penha. Fone: 2295-0401) e Metrô Capão Redondo (Av. Luis Carlos Caldeira Filho, 4261 - Capão Redondo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário